Meus Favoritos Literários de 2012 — Quais Viraram Livros da Vida?
- kenpodeler
- 11 de jun.
- 4 min de leitura

Oi! Resolvi começar uma série por aqui analisando meus favoritos dos anos que se passaram, desde que comecei a compartilhar conteúdo de literatura na internet. A ideia é revisitar os livros que favoritei em determinado ano e comentar sobre aqueles que continuam sendo favoritos da vida. Essa ideia veio da booktuber Duda Menezes (deixo o link aqui), que faz essa análise em vídeos no YouTube.
Vou começar pelo ano de 2012, que foi quando fiz meu primeiro vídeo sobre isso — bem antigo, né? Na época, escolhi quinze livros como favoritos do ano:
Poesia completa de Ricardo Reis
Manuel Bandeira de bolso
Alejandra Pizarnik: poesia completa
Silvina Ocampo: poesia completa
O Palácio de Inverno, do John Boyne
Grandes Esperanças, do Charles Dickens
El Perseguidor, do Julio Cortázar
O Velho e o Mar, do Ernest Hemingway
O Grande Gatsby, do F. Scott Fitzgerald
Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada, do Pablo Neruda
Carlos Drummond de Andrade – Livro 1
A Sombra do Vento, do Carlos Ruiz Zafón
Feita de Fumaça e Osso, da Laini Taylor
A Jangada de Pedra, do José Saramago
O Estrangeiro, do Albert Camus
Uma lista e tanto, né? Todos esses livros foram favoritos em 2012 e continuo gostando muito deles, mas alguns me marcaram de forma especial, tocaram fundo no coração mesmo. Minha avaliação aqui não é técnica, é puramente baseada nos sentimentos que essas leituras me causaram.
Vamos aos favoritos da vida! (sem ordem de preferência)
1. Grandes Esperanças – Charles Dickens
Esse foi o primeiro da lista a se tornar um favorito da vida. Um romance de formação e redenção moral, considerado uma obra-prima do Dickens. Ele sempre traz à tona as injustiças sociais da época, principalmente com as crianças — algo que ele mesmo viveu. O protagonista é órfão e a história começa na infância dele. A leitura é incrível, com uma escrita impecável. A ambientação da Londres vitoriana é perfeita, e cada personagem é memorável. É uma história melancólica e vale cada página. Não é à toa que é um clássico universal.
2. Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada – Pablo Neruda
Um dos meus poetas favoritos! Neruda era mestre em falar sobre tudo: amor, amizade, política, América Latina, seu país... Neste livro, temos um jovem Neruda lidando com o espanto do ser humano diante do amor e descrevendo as paisagens do Chile. Tem poemas lindos, mas um em especial me marcou porque ouvi pela primeira vez numa novela mexicana — acredita? Começa assim: “Me gustas cuando callas porque estás como ausente”. Vale a pena procurar e ler. Recomendo o livro inteiro!
3. Carlos Drummond de Andrade – Livro 1
Esse volume traz um compilado de 23 livros do poeta, e nesse primeiro temos oito deles: Alguma Poesia, Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, A Rosa do Povo, Novos Poemas, Claro Enigma e Fazendeiro do Ar. Os meus preferidos são Sentimento do Mundo, José e A Rosa do Povo. Nesse último, está meu poema favorito da vida, que conheci aos 12 anos — nem entendia muito, mas já amava:
A Flor e a Náusea.
O primeiro verso é:
“Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjoo?
Posso, sem armas, revoltar-me?”
4. A Sombra do Vento – Carlos Ruiz Zafón
Desde a primeira leitura, me apaixonei pela escrita do Zafón. Sempre digo que ela me deixa em transe — parece que estou andando pelas ruas de Barcelona com os personagens. O livro tem um pouco de tudo: romance de formação, mistério, investigação, talvez algo sobrenatural... e é, acima de tudo, um livro sobre livros. Daqueles que exaltam a literatura e o ato de ler. Tem uma biblioteca sombria que é descrita lindamente. Já reli algumas vezes e a emoção é sempre a mesma. Ele é o primeiro de uma série, mas funciona perfeitamente como leitura única.
5. Feita de Fumaça e Osso – Laini Taylor
Aqui já incluo a trilogia toda! Uma das minhas histórias de fantasia favoritas, e tenho um carinho especial por ela pelo momento em que li. O universo criado é super criativo e a escrita, maravilhosa. A trilogia me prendeu do início ao fim. E não gosto de contar muito sobre a história, porque a graça está justamente em entrar nela sem saber nada, principalmente sobre o sistema de magia. A sinopse é bem misteriosa, o que ajuda nisso. Tem mistério, batalhas e fala sobre intolerância. Super recomendo.
6. A Jangada de Pedra – José Saramago
Saramago é um dos meus autores favoritos da vida — quase tudo que ele escreveu está na minha lista de favoritos. A premissa desse livro é sensacional: um grande rachamento separa Portugal e Espanha da Europa e eles viram uma ilha. Tem sempre aquele toque de realismo mágico e a crítica social que é marca do autor. Junto com o rachamento, outras coisas inexplicáveis acontecem e, no fim, tudo se conecta. Genial, como sempre.
7. O Estrangeiro – Albert Camus
Conta a história de um homem comum diante do absurdo da existência. Hoje, eu diria que é quase um livro “nonsense” do Camus — e ele me impactou desde a primeira leitura. Já reli algumas vezes. Apesar de ser curtinho, não é fácil de digerir. Não pela escrita, mas pelas reflexões que propõe. É um drama de um homem do século XX que deixou marcas profundas no pensamento ocidental. Um livro perfeito — não consigo apontar um defeito.

E é isso! Esses foram os livros que permaneceram comigo ao longo dos anos e que sempre relembro, releio e carrego comigo. Dos quinze favoritos de 2012, sete se tornaram favoritos da vida.
Espero que tenham curtido a lista! Já anota aí os que mais te chamaram atenção 😉


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