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Como saber se um livro é bom? – dica 1: movimento

Lu Days


Quando pensamos no que um crítico especializado diria sobre nosso livro preferido pode até dar um nervoso. Mas será que a gente precisa de um crítico especializado para saber se nosso livro preferido é bom mesmo?

A gente é acostumado a ler muito. Mas sempre bate uma dúvida se a gente está lendo certo. Quando pensamos no que um crítico especializado diria sobre nosso livro preferido pode até dar um nervoso. Mas será que a gente precisa de um crítico especializado para saber se nosso livro preferido é bom mesmo?


De qualquer maneira, na maioria das vezes nossos livros se tornam preferidos por causa de memórias afetivas e está tudo bem também. Mas caso você queira definitivamente saber se o livro que está lendo é bom eu tenho uma dica bem fácil para você gravar e vou utilizar um exemplo bem simples pra explicar.


Existe um conceito que mora no subconsciente de todo leitor. O movimento. Se uma história termina do mesmo jeito que ela começou, o cérebro acende um alerta. O desenvolvimento da narrativa precisa de movimento. O protagonista tem que sair da inércia, passar pela descoberta e fazer sua mudança. Isso acontece com qualquer gênero. Se nem isso o livro não cumpre sinto lhe dizer, mas o autor errou feio.



Vejamos o exemplo. A música Desde Quando Você se Foi da Fresno tem em seu primeiro refrão os seguintes versos:


Que desde quando você se foi

Me pego pensando em nós dois

E eu não consigo ver onde que eu errei

Se um dia eu fiz você chorar

Nem meses vão te recuperar

Mais uma chance pra mostrar que eu mudei


Isso nos mostra um narrador que está sofrendo com o fim de uma relação, mas que não se dá conta do motivo da finalização. Durante toda a letra ele fica divagando sobre coisas que a outra pessoa teria falado e que podem ter causado a ruptura. É no último refrão que a gente descobre que a história teve movimento:


Que desde quando você se foi

Me pego pensando em nós dois

E eu não consigo ver onde que eu errei

Se um dia eu fiz você chorar

Nem meses vão te recuperar

Te perdendo eu cresci tanto

Que eu não sei se eu quero mais te encontrar


O que demonstra que todo o desgaste de analisar a situação tentando encontrar algo que poderia ter sido culpa do narrador nessa separação fez com que o mesmo desgostasse da ideia de uma volta, ou um final feliz com a pessoa em questão.


A narrativa é boa porque a gente entende que ouve movimento. O livro em que nada acontece com o protagonista. Ou muitas coisas acontecem, mas o protagonista não aprende nada, não muda nada é fraco, podendo até ser considerado um livro ruim.


Agora pensa aí com você mesmo, será que já não usou esse superpoder de leitor antes sem nem perceber? Espero que tenham gostado da dica.


 



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