Um thriller aterrorizante e impossível de largar: Desaparecidas, da Tess Gerritsen
- kenpodeler
- 25 de jun.
- 2 min de leitura

Se tem uma autora que eu confio quando quero um bom thriller, é a Tess Gerritsen. Já li vários livros dela e Desaparecidas foi mais um daqueles que me prendeu do começo ao fim.
Esse é o quinto volume da série Rizzoli & Isles, que acompanha a detetive Jane Rizzoli e a patologista Maura Isles. Mas, se você nunca leu nada da série, pode ficar tranquila: os livros funcionam de forma independente. Dá pra pegar qualquer um e começar por ele.
Um tema pesado tratado com coragem
Desaparecidas mergulha em um tema super delicado — o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual. Já deixo aqui o aviso de gatilho para abuso sexual, porque a autora não suaviza as cenas. Pelo contrário: Tess mostra o horror do tema com a seriedade que ele merece, sem romantizar nem maquiar.
A trama já começa com tensão
A história já começa intensa: Jane está grávida e entra em trabalho de parto. Enquanto isso, Maura encontra o cadáver de uma mulher… que, na verdade, ainda está viva. Só que ninguém sabe quem ela é, e suas digitais não aparecem no sistema da polícia.
Essa mulher misteriosa é levada justamente para o hospital onde Jane está. Quando acorda, ela consegue pegar uma arma e faz vários pacientes reféns — incluindo Jane. É a partir daí que a trama de verdade começa: Maura, o marido de Jane (Gabriel Dean) e toda a polícia de Boston se envolvem numa corrida contra o tempo para entender quem é essa mulher e por que ela está fazendo aquilo.
Reviravoltas, tensão e crítica social
Como todo bom thriller da Tess, esse também tem reviravoltas que fazem a gente duvidar de tudo. Ela é ótima em enganar o leitor — e eu, particularmente, adoro isso. Gosto de ser surpreendida, e esse livro entrega bem essa experiência.
Além da trama envolvente, a autora usa seus livros para levantar questões sociais importantes, especialmente sobre a situação das mulheres. Seja pelas protagonistas fortes ou pelas vítimas que ela retrata com sensibilidade, suas histórias sempre têm um lado de denúncia.
Um livro para quem gosta de montar quebra-cabeças
Se você curte histórias que parecem um quebra-cabeça, cheias de pistas e suspeitos, Desaparecidas é uma ótima pedida. É um daqueles livros que a gente não consegue largar até descobrir toda a verdade — e, mesmo assim, a autora ainda guarda surpresas pro final.
Vale a pena conhecer a autora
Essa foi a sexta leitura minha da Tess Gerritsen, e todas me agradaram muito. Além da série com a Rizzoli e a Maura, ela tem thrillers médicos, histórias com toques de romance e outros bem sombrios — ou seja, tem para todos os gostos.
Se você quer um bom romance policial, com suspense de qualidade e uma escrita envolvente, pode pegar qualquer livro da Tess sem medo. Desaparecidas é intenso, forte e muito bem construído. Uma leitura que te segura até a última página.

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