Lu Days
Precisa pagar para ter acesso.
Você me pergunta, o quê? E eu te respondo. Tudo.
Num dia desses eu recebi um e-mail de uma editora (que também é empresa de marketing, que também é curso de escrita criativa, que também é crítica literária).
Nesse e-mail havia uma boa novidade e com essa boa novidade uma oferta, "estamos procurando escritores nacionais com as seguintes características". Achei muito interessante os requisitos, pois realmente faziam sentido.
Descendo mais no e-mail, achando que encontraria uma forma de enviar meu material, acabo me deparando com um texto vendendo palestra.
Fiquei alguns minutos me perguntando o que uma coisa tinha a ver com a outra. Até que entendi. Para ter acesso a oferta de análise de material para publicação eu deveria pagar por uma palestra que eu não estava interessada, provavelmente divulgar essa palestra e assistir a palestra (que provavelmente não iria me acrescentar em nada).
Se você não sabe, vou te contar agora. Existem muitas editoras que cobram para a publicação. São preços exorbitantes, mas compreensíveis. Se você tem, você paga e você entra. Contudo, essa modalidade tem a honestidade de ser um serviço prestado. E serviços prestados são cobrados.
Os autores nacionais, bem como muitas pessoas do meio literário, inclusive empresas e editoras, precisam se virar nos 30 para atingir um público, quem dirá vender. Vender bem então, pior ainda. Mas existem maneiras de fazer isso.
Editoras vilanizando autores ou querendo fazer uma espécie de esquema de pirâmide é mais do que desonesto, é dizer com todas as letras que autores estão tão desesperados que topam qualquer coisa.
Não é bem assim. Esse texto não é um envenenamento, pelo contrário, existem muitas empresas que realmente pegam junto com os autores, porque sofremos a mesma dor. Do contrário, esse texto é um alerta. Você, autor, não precisa topar qualquer coisa.
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