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E se alguém te roubasse... mas você já tivesse morrido?Impostora – Yellowface, de R.F. Kuang



Sabe aquele livro que você começa achando que já sacou tudo, que sabe exatamente onde vai dar, mas aí a autora te dá uma rasteira e fala: “não é nada disso, te enganei”? Pois é, eu amo quando isso acontece! Adoro ser enganada desse jeito por um bom autor.


Impostora – Yellowface, da R.F. Kuang (traduzido por Yonghui Qio), é exatamente esse tipo de livro. A premissa até parece simples: duas escritoras que foram colegas na faculdade — uma, a Atena, é super bem-sucedida desde o primeiro livro; a outra, a June, nem tanto.


Numa noite, elas se encontram num happy hour pra comemorar mais um sucesso da Atena, que acaba morrendo na frente da June. Mas não antes de mostrar pra ela o novo manuscrito. Adivinha o que a June faz? Rouba o livro e publica como se fosse dela.


Parece básico, mas Yellowface é um thriller psicológico daqueles que a gente não consegue largar. Kuang mergulha fundo nas entranhas do mercado editorial norte americano, mostrando desde os joguinhos mais bobos até as sujeiras mais pesadas.



Ela também cutuca temas como representatividade, racismo e essa ideia de que autores “diversos” só podem escrever sobre determinados assuntos — porque é isso que vende. A autora destrincha esses temas de um jeito afiado, quase como se estivesse dando uma aula, e o final... nossa, é de cair o queixo.


Vou confessar: sempre fico com o pé atrás quando um livro tá bombando demais. Esse veio com selo de best-seller do New York Times e um monte de gente elogiando. Achei que era exagero. Quebrei a cara — e com gosto. Esse livro merece todo o hype e ainda mais.


Kuang entra na nossa cabeça de um jeito que a gente nem vê. Quando percebe, já tá totalmente preso na história. Ela costura tudo tão bem que a única opção é seguir até a última página.


Se você tá procurando algo viciante, bem escrito e que vai te fazer pensar — tá aqui a dica. Pode ir sem medo!





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