Fran Borges
Querido e gentil leitor, os Bridgertons estão de volta e finalmente temos o nosso querido Polin vivendo sua história de amor. Aos fãs surtados como eu, vamos falar dos quatro episódios da parte 1 com Spoilers.
Querido e gentil leitor, essa escritora de blog não via a hora desse momento chegar para surtar, amar e se divertir com os Bridgerton. Além do mais, finalmente chegou o momento de Penélope brilhar e eu sei querido fã, que assim como eu, você desfaleceu ao final do quarto capítulo amaldiçoando a Netflix.
Não sei vocês, mas eu já vi três vezes e estou viciada em entrevistas de Nicola Coughlan e Luke Newton, assim como vídeos feitos por fãs. Dito isso, porque eu precisava compartilhar loucamente (hehe), bora falar dos primeiros quatro episódios da 3 temporada. Aviso: com SPOILERS.
O primeiro episódio já traz uma Lady Whistledown ainda mais afiada e afrontosa. Pen encara a dura realidade que para ter algum futuro minimamente bom, ela precisa se casar. Mesmo criando um negócio do zero, um negócio de sucesso e que rendeu muito dinheiro para ela, ela não pode desfrutar disso sozinha.
Pen decide mudar seu visual e começar a mostrar a sociedade quem ela realmente pode ser. Ainda insegura, ela não consegue falar o que os outros estão esperando, ela não se encaixa naquele modelo. Penelope se frustra e quer fazer o “correto”, mesmo em uma sociedade que a isolou e humilhou, essa cobrança está com ela.
Colin também está de volta com novo visual e personalidade. Obviamente ele se encaixa naturalmente. Mas essa nova personalidade representa quem ele é de fato? Ele retorna como se tudo estivesse normal e se aproxima de Penélope, e para quem assistiu a segunda temporada já sabe o que aconteceu, o Colin não sabia e leva uma chacoalhada, Pen coloca ele em seu lugar.
Eloise é outra que está tentando ser diferente, agora ela é amiga de Cressida, outra facada no coração de Pen, já que a dita cuja sempre fez da vida dela um inferno. Eloise começa a usar o que está na moda, andar entre as debutantes, tudo que não fez na temporada passada.
Uma coisa em comum nos três personagens, eles precisam usar máscaras para se encaixar, para serem aceitos. Eles precisam ser o que não são. A cobrança de Colin, ele precisa ser o cara da farra, galanteador, quando na verdade ele é um cara família, fora suas viagens, protetor com quem ele ama, sempre muito atento ao sofrimento dos que estão a seu redor.
Eloise, uma mulher com o pensamento muito a frente dela, que pensa na emancipação das mulheres e que acha todo aquele jogo de matrimônio uma grande bobagem e que percebe o quanto de tempo isso custa às mulheres, quantas amarras elas tem e a rivalidade que se cria entre elas.
Pen sempre rejeitada pela sua aparência, seu corpo e pelo seus gostos, ela é muito mais do que isso. Inteligente, sagaz, doce e também atrevida, ela é a Lady Whistledown. Uma mulher isolada por toda uma sociedade que encontrou sua voz, mas que não pode mostrar essa voz para mais ninguém que conhece, apenas anonimamente.
No segundo episódio ela aceitou as desculpas de Colin e sua ajuda para encontrar um marido. Porém, a fofoca se espalha e Lady Whistledown é implacável com Penélope. Assim como todas nós, que temos conosco uma autocobrança, diria, até mesmo cruel buscando uma perfeição que não existe, mas que somos cobradas de todos os lados. Pen é sua própria algoz.
E nesse episódio temos duas cenas descritas no livro e que ficaram belíssimas, principalmente a última, que foi uma das minhas favoritas. Aquele primeiro beijo foi tão real, emocional e você sente tudo o que está se passando na cabeça de cada um.
Francesca, agora interpretada pela atriz Hannah Dodd, parece ser a única que, de certa forma, se mantém fiel a si mesma. Ela está debutando e aquilo a sufoca muitas vezes, mas ela também é muito prática e não tem o menor problema em dispensar qualquer pretendente que seja, se não gostar do que ele diz.
Particularmente, eu me identifico com a Francesca em apreciar o silêncio, não gostar de muita bagunça. Ela ama os irmãos, mas precisa de um tempo para si, depois de tanto alvoroço. Me identifico também com Eloise na luta pelos direitos das mulheres, por menos cobranças, que possamos ser livres e que nossa vida não deve girar em torno de um relacionamento.
E me identifico ainda mais com a Penélope, ela me faz recordar minha adolescência. Era uma adolescente gordinha, fora do padrão e que não gostava de si mesma. Tinha tanto para falar e não conseguia, queria encontrar minha voz e tinha poucos amigos. Ter uma mulher Gorda como protagonista, pela primeira vez em uma série de tanto sucesso e que vai chegar para milhões de pessoas é de uma importância tão maior, que para mim ela já é a melhor temporada de todas.
No terceiro episódio, finalmente, cai a fixa do Colin que na série é menos idiota que nos livros, já que nos livros foram 11 anos para essa criatura se dar conta do que estava na cara dele. Mas, Pen tem um pretendente e não vou negar que foi uma delícia ver o tormento do camarada, um deleite. Ele merecia.
O mais interessante desse pretendente é que ele quer de fato conhecê-la, conversar e ele é um cara legal. Pen aos poucos vai conseguindo ser ela mesma, detalhe, com incentivo do próprio Colin. Eu ri demais com todo mundo elogiando ele pela ajuda e ele se remoendo por dentro.
E chegamos ao bendito quarto episódio com Pen sendo cortejada e a um passo do pedido de casamento. Quando um gentil e desesperado Colin corre atrás dela para impedir esse casamento e por fim se declarar. E temos a tão aguardada, comentada e quente cena da carruagem. Eu sei que você vibrou junto com a Pen.
Kanthony é o meu casal favorito, Polin vem em segundo, mas preciso exaltar aqui a química perfeita de Nicola e Luke. Seus anos de amizade foram primordiais aqui para a confiança e naturalidade que eles demonstram em cada cena. Eles são aquele tipo de casal que você acaba de assistir e já faz a fanfic na cabeça que eles namoram. Com toda a certeza os dois atores, mais do que qualquer casal de Bridgerton, conseguem nos mostrar essa química da forma mais verdadeira.
E vamos combinar, que faz a seleção de elenco e teste de química dessa série merecia um abraço. Não tem um personagem que eu possa dizer “esse aí está mal escalado” e não digo só dos casais, mas da família e as amizades também.
Outro grande destaque da temporada, o figurino na Penélope. Cada vestido mais lindo do que o outro, mas acho que se fosse escolher seria o primeiro, minha nossa que mulher mais linda e incrível, Colin Bridgerton, francamente!
A trilha sonora segue impecável, mas minhas favoritas foram Happy Then Ever que toca na dança de Pen e Lord Debling e Give me everything do Pitbull na cena da carruagem. Ouvindo depois e acompanhando a letra, nossa foi de uma perfeição absurda.
Bem, querido e gentil leitor, o que nos resta é esperar até 13 de junho (sofrimento ahhh). Pen e Colin tiraram as máscaras e se declararam um ao outro, mas ainda resta uma máscara.
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